O texto de Stefano Harney a seguir, traduzido por Bruno da Silva Amorim, foi publicado na época em que ele lecionava na Singapore Management University, ou, como gostamos, na Universidade de Administração de Singapura, em 2010. É um episódio bastante divulgado que um dos motivos da demissão de Harney desse cargo foi a avaliação com nota máxima de todos os estudantes em uma disciplina, gesto que indicava tanto à turma, quanto à estrutura universitária, que os parâmetros de ranqueamento estabelecidos não necessariamente refletem qualidade do aprendizado. Não só a estrutura universitária venceu, nesses quase quinze anos, como ela se radicalizou. No Brasil, as universidades mais quantificam do que qualificam a produção acadêmica, chegando a ponto de reduzir salários de docentes e rebaixá-los de categoria caso um número X de artigos em periódicos de nota Y não fosse atingido, caso a inovação proposta pela pesquisa não fosse perceptível (seja lá o que for inovação), caso o trabalho não mostrasse sua "utilidade" aos olhos do mercado ou de avaliadores pautados principalmente pelo mesmo mercado.
O texto a seguir disserta sobre o contexto universitário britânico, mas a situação que Harney descreve é familiar, assim como alguns dos termos que ele usa para elaborar acerca da universidade hoje, como a "logística" e os "subcomuns", que também aparecem nos dois livros lançados pela GLAC Tudo Incompleto e Mais uma vez, subcomuns, com autoria coletiva, de Fred Moten.
Boa leitura!
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O verdadeiro sentido da transferência de conhecimento
Stefano Harney [1]
Tradução de Bruno da Silva Amorim
No Reino Unido, a transferência de conhecimento (TC), enquanto política universitária, assume novos contornos, passando assim, a garantir direitos de propriedade intelectual. Sonho dos gestores universitários de patentear o conhecimento produzido dentro dos departamentos, laboratórios e salas de aula das universidades. Esse conhecimento, agora, como propriedade, poderia então render lucros através do setor privado e, em alguns casos, até do setor público, além de possibilitar a criação de novas empresas privadas, das quais a universidade, em parte, teria uma porcentagem — os assim chamados derivativos [spin-offs][2].
Este sonho, na realidade, tem sido ilusório para a grande maioria das universidades Britânicas, que gastam mais com os escritórios de TC do que conseguem arrecadar em receitas, onde seus diretores, segundo a revista Times Higher Education, recebem maiores salários em comparação a professores titulares. De fato, o próprio relatório do governo britânico, Lambert, sobre a colaboração entre empresas e universidades, publicado em 2003, apontou que apenas alguns dos derivativos universitários contam com investimento privado. Os demais, continuam dependentes de financiamento público, de uma forma ou de outra, ou acabam fracassando. Seria esse motivo, então, que o governo trabalhista britânico, como oposição, impulsionou a ideia mais vaga de impacto social e econômico, tentando assim ampliar, mas também suavizar, um cálculo que falhou? No Reino Unido, existe uma auditoria nacional a cada cinco anos, com o objetivo de identificar a "excelência" de pesquisa em todo o país. Um processo de revisão por pares em grande escala, que avalia quatro produções acadêmicas de cada pesquisador “ativo na pesquisa” em todas as áreas de cada universidade.
Como ocorre em toda prática contábil desse tipo, esse processo acabou criando seu próprio objeto. Muitas vezes, surgem preocupações quanto aos sentidos perversos dessas auditorias nacionais, tanto no direcionamento dos recursos de pagamento para a pesquisa quanto o mérito individual. Para publicar nas revistas mais bem avaliadas e terem acesso a esse bônus por mérito, os pesquisadores tornam-se mais conformistas, mais cautelosos e, inevitavelmente, mais ambiciosos. Embora a publicação de livros ainda continue sendo uma opção, poucos conseguem publicar quatro livros num período de cinco anos e, em algumas áreas, por exemplo, como economia e maioria dos cursos de negócios, “os livros não contam”.
Muitos pesquisadores aprenderam muito bem as regras do jogo, preferindo a segurança de escrever artigos em coautoria, com uma abordagem incremental ao conhecimento direcionado para revistas específicas, adotando assim uma postura submissa ao aceitarem às revisões sugeridas por elas. O famoso éthos empreendedor do Novo Trabalhismo logo revelaria seu desalinhamento com essa nítida falta de disposição para correr certos riscos e com a falta de visão entre os pesquisadores. Com o tempo, o fracasso dos derivativos e do próprio licenciamento, sobretudo nas áreas de engenharia e ciências, em gerar receitas significativas nas universidades, aumentou a pressão sobre as áreas de humanas, que sempre perceberam a transferência de conhecimento e a renda de propriedade intelectual como perspectiva financeira bem distante.
Introduzindo o impacto
Não deveria, a este ponto, ser nenhuma surpresa que a transferência de conhecimento exija uma revisão na próxima auditoria do governo, agora denominada de Research Excellence Framework (REF), marcada para acontecer em 2014. O REF introduz uma nova medida: o impacto social e econômico. O objetivo, declarado, de contabilizar esse impacto é avaliar a relevância e aplicação mais amplas das pesquisas, chamadas de saídas [outputs][3], medindo aspectos como “resultados” [outcomes][4]. De certa maneira, isso se assemelha aos apelos reformistas na contabilidade acadêmica e profissional para ampliar o que pode ser medido, caracterizando-se como uma auditoria social. Ao mesmo tempo, essa nova política foi criada para alinhar o setor universitário ao mercado, seguindo sua nova localização burocrática dentro de um ministério de desenvolvimento empresarial, onde permanece o novo governo da aliança conservadora-liberal democrata.
Pelo menos, essa é a versão oficial da história. Outras explicações foram apresentadas. Alguns afirmam que essa ênfase no impacto mais amplo do ensino superior na sociedade, assim como seu uso mais amplo, representa um reconhecimento tardio de que esse sistema, totalmente financiado pelo Estado no Reino Unido, beneficia desproporcionalmente as classes médias. A classe trabalhadora paga, mas não participa, exceto como trabalhadores de apoio nos campus. Outros argumentam que isso constitui uma tentativa indireta de introduzir uma política industrial, tardiamente feita, muito depois de já estar evidente que a economia do país era dominada pela indústria financeira em Londres e Edimburgo.
Essa inovação na auditoria nacional tem sido vista, especialmente pelos próprios acadêmicos, como mais uma forma de aprimoramento instrumental da gestão. Nesse contexto, a demanda por impacto se alinha a uma visão geral da auditoria de pesquisa como parte de um aparato disciplinar produtivo. O impacto agora submeterá as humanidades à mesma pressão que a transferência de conhecimento impôs às áreas de engenharia e ciências. Enquanto isso, as escolas profissionais de gestão, de direito e medicina utilizam de seu caráter regulador para demonstrar facilmente seu impacto, pressionando ainda mais as humanidades. Essa leitura merece atenção. É verdade que um sistema de planejamento de financiamento de pesquisa e ensino pode atender à ambição de uma classificação nacional autoritária, introduzindo uma competição mais direta do que a que se observa na economia educacional mista dos Estados Unidos. Sob essa competição direta, a gestão parece ter uma exigência sobre o trabalho que é menos residual do que, de fato, realmente é. Assim, é comum ver diretores de pesquisa, chefes de departamentos e reitores se apropriando do sucesso das submissões de auditorias relacionadas ao trabalho e à pesquisa de outras pessoas.
Ainda assim, acho que todas essas explicações, sejam elas oficiais ou não, são insuficientes. Na verdade, acredito que a chave para compreender o aumento do impacto está na própria transferência de conhecimento. Não é que a transferência de conhecimento não tenha funcionado, na verdade, ela funcionou muito bem, embora não da forma como pretendia. De fato, podemos afirmar que a transferência de conhecimento foi mais inovadora do que suas próprias intenções empreendedoras O verdadeiro sentido da transferência de conhecimento da universidade para o setor privado tem sido, de fato, a transferência da gestão do próprio conhecimento. Nos últimos trinta anos, a universidade se tornou um laboratório para a gestão do conhecimento e, subsequentemente, uma fábrica para a produção de uma subjetividade “ativa em pesquisa”. Não se trata apenas da propriedade intelectual de um conhecimento específico, mas a forma pela qual todo o conhecimento é gerenciado, isso é o que a universidade tem transferido com sucesso.
À medida que o setor privado começou a reconhecer a riqueza potencial nas mercadorias [commodities] que produzem e ampliam a atenção, humor, comunicação, relações sociais e as opiniões, a única mercadoria fundamental para essa produção — a mercadoria-trabalho —, revela cada vez mais seus segredos a esse setor. Essa mercadoria-trabalho não só foi treinada nas universidades para se tornar “ativa em pesquisa” — no sentido mais degradante de pesquisa como extrativização de si e de outros para fins instrumentais —, mas a universidade também tem experimentado, além da produção, a gestão dessas subjetividades. Esses experimentos formam a base das empresas privadas de gestão do conhecimento, hoje. Empresas de marketing, de software, de mídia e outras indústrias em sua forma atual de operação se assemelham muito aos departamentos universitários, além da incorporação total da vida ao trabalho, algo tão familiar para os acadêmicos quanto para artistas, como bem observou Andrew Ross em seu livro No-collar.
Das Populações Estatísticas para as Populações Logísticas
Mas esse não é o ponto final da história. Se essa verdadeira transferência de conhecimento foi, de fato, tão bem-sucedida, por que a mudança para impacto social e econômico? É evidente que não há uma resposta direta para isso, mas eu sugeriria que isso é sintomático de uma mudança nas universidades, na verdade, uma transformação na própria pesquisa sob o capitalismo. O parque de pesquisa está em declínio, suas equipes de resposta armada, seus gramados bem cuidados e a pretensa proteção aos direitos de propriedade intelectual atrás de vidros refletivos, não serão suficientes para salvá-lo. O capital não vai mais financiar tudo isso, nem mesmo indiretamente, por meio do Estado. E nem precisa. O Capital está seguindo a pesquisa em suas novas formas dispersas, suas manifestações antes e depois dos direitos de propriedade intelectual, e, especialmente, sua forma humana, onde o investimento não está em prédios de vidro e lagos artificiais, mas apenas na manutenção do corpo e da mente. E essa manutenção, como observa Christian Marazzi, agora é responsabilidade da força de trabalho que se encontra dentro dela.
Muito mais barato e mais eficaz, como sugerem até mesmo conceitos populares como “wikinomics”[5], essa nova forma de pesquisa e desenvolvimento acontece em “comunidades” de pessoas que trabalham juntas, mobilizadas por uma paixão compartilhada. Isso soa familiar? Deveria, pois é bem pós-disciplinar, em ambos os sentidos da palavra. As equipes de pesquisadores automotivados e auto-organizados que habitam — desde movimentos de slow food até movimentos de software livre e novas cenas musicais — são hoje os geradores de inovação “colhida” pelas empresas. Basta que se olhe para qualquer revista de negócios e encontrará essa “inovação aberta" em destaque. Embora esse estilo de trabalho colaborativo para a criação de novos conhecimentos possa ter sido pioneiro, ou ainda latente, como poderíamos dizer, em departamentos universitários, isso pode ser uma má notícia para eles — e não apenas porque esse modo de trabalhar não pode ser alugado. O enorme desinvestimento realizado pelos governos na Europa e na América do Norte não acontece apenas a pedido dos mercados de títulos, mas com a conivência do capital como um todo. Todos nos negócios e no governo apostam que podem obter suas pesquisas nessas comunidades, gratuitamente, de forma prática — as mesmas comunidades cujo espírito deve tanto à universidade em seu melhor momento quanto à história da Esquerda, marcada por uma ajuda mútua, propriedade compartilhada e igualitarismo.
Mas aqui está o que importa: a universidade não é passiva nesse processo. Ela continua “inovando”. Não é mais um espaço que forma especialistas adequados — aquilo que Foucault entenderia como um conjunto de populações organizadas estatisticamente. Hoje, a universidade produz o que eu chamaria de especialistas para uma população logística, especialistas em logística, não em estatística. Nesse sentido, o trabalho importante de Ned Rossiter, Brett Neilson e seu grupo de pesquisa Transit Labour é pioneiro. Negócios e governo não se trata mais apenas de produtividade através da variação estatística — ou pelo menos não só disso — mas, sim, de fazer coisas diferentes se encaixarem — coisas que aparentemente não se encaixam — e ajustá-las mais rápido e em mais direções. Enquanto a estatística produzia uma população envolvida em explorações de mais e mais valor excedente relativo, gerando maneiras cada vez mais aprimoradas de alcançar produtividade ou formular políticas públicas, dependendo de sua aplicação, a logística se concentra na exploração do valor excedente absoluto. As populações logísticas se estendem de forma absoluta ao romper com categorias estatísticas e ao estabelecer conexões entre vida e trabalho, público e privado, político e econômico, orgânico e inorgânico. A logística, portanto, é o trabalho de expandir circuitos por meio de novas adaptações, traduções, governanças, escalas e aproximações.
Há uma nova subjetividade logística está sendo produzida na universidade, em conformidade com essa forma dispersa e, em certo sentido, humanizada de P&D[6]. Trata-se, portanto, de uma subjetividade logística que extrai informações por meio da compatibilidade, capaz de se conectar em qualquer lugar, sem a necessidade de um adaptador, funcionando como o canal que liga diferentes formas de informação, mercadorias, culturas, línguas, finanças e afinidades. Essa subjetividade logística é a mesma que invocamos quando discutimos nosso ensino, não é o conteúdo da peça, do poema ou da etnografia que estamos transferindo com habilidades para os alunos, mas uma capacidade geral de transitar entre esses conteúdos, conectando-os em um processo de estudo contínuo. Qual é a distância entre o que dizemos e o que realmente queremos dizer aqui? O nosso trabalho não é semelhante com essa conexão? Não nos tornamos especialistas logísticos de nós mesmos?
Eu discordo. Tente estudar na universidade hoje. Estudar — como Fred Moten e eu entendemos essa atividade coletiva de pensamento, sempre imatura e prematura, sem um fim — tornou-se quase impossível. A universidade exige que cheguemos a uma decisão, uma resposta, um modelo, uma teoria, uma política. Ela busca mensurar resultados. Quer entregas. Quer que estejamos conectados aos circuitos. A universidade quer fazer logística. No entanto, o estudo desconecta, mas ainda assim permanece em contato, conecta-se ao desconectar, numa ironia dialética que CLR James nos encorajou a ver, e que certamente adoraria. Podemos ainda praticar isso na universidade através do estudo, ao desconectar e chamar a atenção para a dificuldade, o cuidado e a indeterminabilidade da conexão, levando a conexão com a gente para baixo, para o subcomum da universidade. Nesse subcomum, onde muitos de nós não conseguem deixar de estudar, encontramos algo incomensurável, intraduzível, algo que gruda, causa atrito, não se entrega facilmente, algo que permanece, que não pode ser operacionalizado. frente aos dispositivos logísticos, o estudo não funciona, não se conecta. Essa forma de conexão que não se estabelece no estudo pode parecer uma alternativa frágil diante do global, mas, quando medida pelas resistências estatísticas e agora logísticas do estado e do capital que se opõe a isso, revela-se tudo — menos frágil. De fato, seu impacto real pode ser exatamente aquilo que as medições de transferência de conhecimento e de impacto social e econômico foram projetadas para regular.
MAIS UMA VEZ, SUBCOMUNS — Fred Moten & Stefano Harney
Subcomuns é, antes de qualquer coisa, uma proposição para o agora, mas também é uma percepção poética da realidade, pois, para além de um conceito, requer de quem o lê, ou seja, de quem o faz materializável, o reconhecimento e a admiração pela perspectiva do subterrâneo, do invisível, do entremundo, talvez até do anonimato.
R$ 49,00
TUDO INCOMPLETO — Fred Moten & Stefano Harney
Elaborando ainda mais as ideias presentes no livro anterior, The Undercommons [Os Sobcomuns], Fred Moten e Stefano Harney, em Tudo Incompleto, ampliam para a investigação crítica sobre logística, a individuação e a soberania. Este livro reflete as oportunidades que os autores tiveram de viajar, escutar e aprofundar a reivindicação de e para seu compromisso com a parcialidade.
R$ 65,00
Notas
[1] Harney, Stefano. The Real Knowledge Transfer. (2010). Social Text Periscope. em: <https://ink.library.smu.edu.sg/cgi/viewcontent.cgi?article=4429&context=lkcsb_research >
[2] N. da T.: Spin-off é um termo utilizado para designar aquilo que foi derivado de algo já desenvolvido ou pesquisado anteriormente. Essa prática é comum em diversas áreas, como na pesquisa científica, em que novos estudos são baseados em pesquisas anteriores, é um termo que pode ser utilizado para se referir a uma empresa ou produto criado a partir de outro, ou a uma produção derivada de outra, como em uma obra de mídia. O conceito de spin-off empresarial começou a ser utilizado nos centros de pesquisa do Vale do Silício, na Califórnia, na década de 1960. No Brasil, a Lei de Inovação Tecnológica, de 2004, fomenta a criação de spin-offs acadêmicos.
[3] N. da T.: Em administração, o termo "outputs" refere-se aos produtos ou saídas gerados por um processo, sistema ou organização. Em um contexto gerencial, os outputs representam os índices alcançados a partir das atividades e operações realizadas. A análise dos outputs é crucial para avaliar o desempenho de uma organização, identificar áreas de melhoria e tomar decisões mais aprimoradas. Entender os outputs de um processo é fundamental para garantir que as metas e objetivos organizacionais estejam sendo alcançados de maneira eficaz e eficiente.
[4] N. da T.: Referem-se aos efeitos ou mudanças mais amplas e a longo prazo que ocorrem como resultado dos outputs. Os outcomes geralmente estão relacionados ao impacto real ou percebido de uma ação sobre o ambiente, indivíduos, organizações ou comunidades. Por exemplo, em um projeto educacional, um output seria o desenvolvimento e distribuição de materiais didáticos. O outcome, por sua vez, seria o aumento do nível de conhecimento dos alunos que utilizam esses materiais. A avaliação de outcomes é essencial para entender o verdadeiro impacto de uma iniciativa e para medir seu sucesso a longo prazo. Tanto outputs quanto outcomes são importantes para a gestão eficaz, mas a ênfase nos outcomes destaca a importância de considerar os resultados mais amplos e duradouros de uma ação. Podemos tomar outcomes como resultado.
[5] N. da T.: "Wikinomics" é um termo que se refere a um novo modelo econômico e de negócios fundamentado na colaboração e na participação aberta de comunidades e indivíduos, frequentemente aproveitando a inteligência coletiva. A ideia central é que, ao permitir que as pessoas contribuam e colaborem, as organizações conseguem inovar mais rapidamente, criar produtos mais relevantes e responder de forma mais ágil às necessidades do mercado. O conceito foi popularizado pelo livro Wikonomics: como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio (Wikinomics: How Mass Collaboration Changes Everything), de Don Tapscott e Anthony D. Williams, que explora como a colaboração em larga escala e o uso de tecnologias digitais transformam a maneira como as empresas operam, se conectam com os consumidores e se adaptam às mudanças no ambiente de negócios.
[6] N. da T.: "P&D" significa "Pesquisa e Desenvolvimento". É uma área que envolve a investigação e a criação de novos produtos, processos e/ou serviços, bem como o aprimoramento daqueles já existentes. O foco de P&D é impulsionar a inovação e a competitividade das empresas, contribuindo para o avanço tecnológico e para o desenvolvimento econômico.
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Stefano Harney é um acadêmico e ativista conhecido por seu trabalho em áreas como teoria crítica, educação e política social. Leciona na European Graduate School (Suíça), e na Academia de Mídia e Artes de Colônia (Alemanha) e mora parte do ano no Brasil. Pela GLAC, é autor de Tudo Incompleto e Mais uma vez, subcomuns, junto de Fred Moten.
Bruno da Silva Amorim é graduando em Serviço Social. Integra a escola livre Bibliopreta, na qual colabora em iniciativas voltadas para a educação popular. É membro do Núcleo de Estudos e Pesquisa Mabel Assis, da Faculdade Paulista de Serviço Social, dedicado à produção de conhecimento sobre relações étnico-raciais no Brasil e investiga as condições da violência racial, explorando formas de recusa e fuga das mesmas.
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