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 CONTEÚDO 

UM MEMORIAL A CADA 23 MINUTOS – Pedro Siqueira e Claudio Medeiros


Legenda: Grafite, Pomba, A paz é a melhor maneira de evitar lágrima da GUERRA, foto de Pedro Siqueira (@c0ndenad0sdasterra)


Me querem no campo de Fiori Dilúvio na Polícia Dilúvio na política Dilúvio na porra da República Cês tem dom de apagar lembranças pra continuar vivendo É o vermelho da vergonha causado pelo vermelho do sangue (Folhas, BK)



KATHLEN ROMEU

Kathlen foi baleada no 8 de Junho, um mês após a chacina do Jacaré. Antes do Jacaré, aconteceu no Fallet, em Vigário Geral, Candelária, Acari. Desde o ano passado as incursões policiais não estão permitidas, por causa da pandemia, apenas sob “hipóteses absolutamente excepcionais” seriam autorizadas pela justiça. Mas passado um mês da matança no Jacaré, uma jovem grávida é executada pela PMERJ, em uma incursão no Lins. São pessoas próximas, que circulam nos bairros em que você mora, ou convivem em espaços próximos ao seu, espaços marcados por lutas coletivas. Depois, o clima abaixa, o cheiro já não é de pólvora e se estabiliza um momento de paz, ou melhor, uma ausência de tiroteios. Mas, ainda que de forma paliativa, conseguimos enxergar ações que transgridem o entendimento do que é a morte nesse estado de coisas em que obrigatoriamente estamos inseridos, onde o Estado decide quem tem direito ou não à vida.


No domingo do 13 de junho, no Lins, aconteceu um memorial. Talvez o primeiro que eu tenha participado e também fotografado. De início, foi um pouco desconfortável, não nego. Até então me questionava o que fotografar, como fotografar e se realmente era necessário que fizesse essa função. Depois de alguns minutos zanzando de um lado pro outro, vendo as atividades que rolavam, grafite, DJ, malabares, criança correndo, entendi meu lugar no evento, e o principal: entendi parcialmente a dimensão de um memorial. Comecei a procurar os momentos mais simbólicos e delicados, busquei afastar ao máximo qualquer registro triste, ou que envolvesse choro, dor (esse papel a grande mídia já faz todos os dias). Para além da preocupação sobre o que fotografar, ficava ecoando na cabeça, como deixar esses registros menos pesados? Ainda que fossem fotos que remetessem a boas recordações, eu precisava de mais, resolvi deixá-las em tons mais claros, mais para o amarelo, vermelho e azul. Apenas um dos registros eu só consegui enxergar em p&b, a foto da Comunidade Black toda reunida, e na lateral ao fundo a homenagem do amigo Rodrigo Cross.


Legenda: Comunidade Black em resistência, ao fundo grafite do artista Rodrigo Cross. Foto de Pedro Siqueira (@c0ndenad0sdasterra).


Depois de chegar em casa, conversando com a Lais Moraes, chegamos à conclusão que o Memorial da Kathlen nada mais era que a desocidentalização da morte, como uma outra forma de viver o luto. Me arrisco a falar do Memorial como uma libertação da força de vida da pessoa querida, para que ela se eternize no muro grafitado. Kathlen Romeo está presente, e o encontro de domingo foi para celebrar essa memória.



UMA COMISSÃO DA VERDADE A CADA 23 MINUTOS

EM QUE A PMERJ CONTINUA EXISTINDO


No decorrer da celebração, os muros ganham cor, forma e mensagem, para os que ficam: o desejo de mudança. A busca por outra forma de se passar pela morte transforma-se na procura pelo desmantelamento da estrutura colonial fundada no genocídio da população negra. Através do grafite, a imagem e o desenho são uma linguagem direta. Ninguém precisa parar pra ler ou escutar, a mensagem entra e te acompanha nas encruzas da vida. Quando fazemos desse lugar um território de lembrança, capaz de ajudar contra as amarras da colônia, suas quizangas e fazendas de despejo, o fazemos porque tornamos crível uma temporalidade heterogênea. O tempo não é linear e não possui marcação única. Para algumas tradições africanas o Tempo é uma divindade. Uma bandeira branca hasteada ao inquice Kitembu indica que naquele território, naquele terreiro, vige a cidadania da permanência. O memorial ao inquice Tempo é a embaixada de um território ancestral agora demarcado.


Existem territórios de passagem cumulativa de tempo, onde as funções ocupadas pelas pessoas seguem oportunamente a marcação do relógio. E existem territórios de memórias coletivas, sacralizados pelos homens nos seus ritos, e que se tornaram embaixadas das poéticas da diáspora.[1] Existem poucos espaços onde isso se mantém, mas são territórios que excedem realmente a régua dos espaços funcionais, quando tentam dar conta de um excedente: os que vieram antes da gente.[2]


Antes que nos dessem nomes de batismo, a vida foi palmo a palmo disputada como inseparavelmente ligada a esses territórios. Começamos a aceitar que as giras interrompidas, a carcaça dos subúrbios fabris obtidos depois de tanta dupla jornada, são nosso território e isso não era e não foi apenas um cercado de cana-de-açúcar. Compreender essa realidade inventada em termos de gerações que se sucedem, como a biografia da paisagem na qual sofremos a acumulação primitiva da violência, será mensurar de que maneira a ordem do presente resultou do desejo de que essa ordem fosse gerada por uma violência. Desejaremos o indesejável enquanto aquilo que eles chamam “possível”, como a existência da polícia, que continua mais insuportável a cada dia.



ME.MO.RI.AL

No dicionário aparecem algumas definições, “relato de memórias”, “monumento comemorativo”, “digno de ser lembrado”, “memorável”. A palavra vem do latim, memoriais, aquilo que faz lembrar. Cidades são cheias de memoriais. A cidade na colônia não convive eventualmente com alguns dentre outros memoriais, a cidade colonial é as recordações dos mortos que estão mais próximas de nós. Mas antes que houvesse cidade, e essa palavra que vem do latim, dessa língua com cerca de 800 anos, não havia sequer um recanto sem a marca do meu calcanhar. Se aqui enterrei meus mortos foi porque caminhei nessas pegadas.


Os europeus, quando chegaram, escreviam memoriais para a terra e enviavam de volta ao seu Rei. Diziam que os gentios não tinham conhecimento do princípio do mundo, mas conheciam o dilúvio. Que as águas afogaram e mataram homens, que somente um tupinambá escapou em cima de um tronco de jenipapo com uma irmã que estava grávida, e que destes dois se deu o princípio. Como não desenhávamos palavras, diziam que nosso raciocínio era escuro e confuso. Em tempos remotos, atravessamos montanhas e planaltos em busca do território dos ancestrais, o Guajupiá. Cruzamos a cinta do mundo atrás de um sítio seguro para enterrar parentes. Receávamos que a violação dos túmulos permitisse aos mortos que retornassem ao mundo dos vivos. Guajupiá seria coberto de flores e regado por um viçoso rio, em cujas margens via-se uma floresta que não foi plantada por ancestral. Foi o que encontramos no primeiro tempo do mundo quando chegamos à baía da Guanabara. Por isso foi mais ou menos assim que escreveram, “eles nos asseguram que já ocorreu o fim do mundo, mas também que o mundo não se completou de todo, por isso o achamos de ordinário pelas praias com coisas de menos. Enterram seus mortos no interior das casas, sob a rede que dormem, protegidos contra o assalto dos descobridores.”


Contrário aos monumentos coloniais erguidos aos descobridores de túmulos, que evocam um passado que tem como chão o genocídio, e eternizam signatários do racismo à brasileira, queríamos a desocidentalização da morte. Implodir essa lógica pela ideia de um memorial, como uma mensagem de baixo para cima, da sociedade civil, comum, para o Estado, e dos mais velhos aos que virão. Algo que fosse expressão de inconformidade e busca por justiça, contra a instituição que tem por lema “servir e proteger” escravocratas, utiliza farda e se representa por uma coroa centralizada, dois revólveres cruzados, dois ramos de café e cana-de-açúcar. Sua simbologia diz o suficiente sobre seu imaginário, e dá a entender qual conflito queremos com os monumentos de grafite. Como no comentário de um dos artistas, o Times, em um dos momentos em que o ritual do grafite acontecia: “o desenho vai ficar aqui, ninguém vai ter coragem de chegar e apagar esse desenho, é mais fácil a gente chegar e manter esse desenho pra poder tá sempre lembrando. ESSA QUE É A MAGIA DA ARTE, É SER ETERNO.”


Legenda: crianças olhando o grafite do Aira o Crespo com admiração. Foto de Pedro Siqueira (@c0ndenad0sdasterra).


“A descolonização é verdadeiramente a criação de homens novos. Mas essa criação não recebe sua legitimidade de nenhuma potência sobrenatural: a ‘coisa’ colonizada se torna homem no processo mesmo pelo qual ela se liberta.”[3] Sob efeito do phármakon fanoniano ainda em andamento, nossas celebrações com os nossos mortos permitem que nossas vidas não sejam lançadas ao registro do desperdício. Um memorial que mantivesse um lastro presente, de uma vida que tem assento, de alguém que ainda está entre a gente porque tornou-se ancestral. O memorial da vida daqueles que, dentre os nossos, não mais existem mas são reais. As obras não estão paradas, a gente não saiu da disputa, ora disputando vida, ora também disputamos a morte. Quando morremos infelizmente a disputa ainda não acaba, não se morre sozinho no Rio de Janeiro, todos os que cresceram conosco somos afetados. A polícia leva a morte e não admite que o negro morra como o branco morre. Por que nos conformaríamos ao fato de que quando se trata da vida de uma mulher negra só nos outorgam a disputa da memória no registro do inquérito de polícia?


Legenda: Foto de Pedro Siqueira (@c0ndenad0sdaterra).



GURUFIM

“Debret descreveu com riqueza de detalhes os funerais de uma negra moçambicana e do filho de um rei negro. No primeiro caso só acompanhavam o funeral mulheres, à exceção de dois homens carregando o cadáver numa rede, um ‘mestre de cerimônias’ e um tocador de tambor. Este último puxava o cortejo, ora adiantando-se, ora detendo-se para tocar. Na igreja de Nossa Senhora de Lampadosa, o mestre de cerimônia, vestido com um tipo de gibão colorido, ordenou que o cortejo parasse, ao tempo em que a porta da igreja se abria. Neste momento o tambor entrou em ação e as negras puxaram cantos fúnebres, acompanhados por palmas. Algumas mulheres colocaram as mãos sobre a mortalha e diziam: estamos chorando o nosso parente, não enxergamos mais, vai embaixo da terra até o dia juízo, hei de seculo seculorum amem.”[4] Em outro momento do seu A morte é uma festa, João José Reis descrevia as exéquias fúnebres de uma criança na Bahia do século XIX: “atrás seguiam numerosas crianças adornadas a maioria com tremulantes fitas vermelhas”. O homem que levava o anjinho negro parava de vez em quando “girando sobre os pés como dançarino”, gesto ainda comum, diz o historiador, nos axexês dos Candomblés.


O movimento de buscar preencher a morte com grafitaços tornou-se possível pela ação mútua, pela conexão entre artistas e favelas, em um só caminho por transformação e justiça. A conexão Jacaré x Complexo do Lins torna explícito que a vontade de um Basta! pertence a todas as favelas. Procuramos por isso uma escrita que tentasse conectar os memoriais criados, sequencialmente, nesses dois bairros, após atos de violação aos direitos humanos, mas que não fosse uma escrita que falasse sobre os memoriais, mas com eles, segundo seus protocolos.


O Rio de Janeiro é uma cidade de dois padroeiros, São Sebastião e São Jorge, ou tirando os óculos coloniais, Oxossi e Ogum, ambos orixás que por características guerreiras nos vigiam das matas, embora ora ou outra uma intervenção civilizatória quebre, rompa alguns acordos, gere conflitos, deixe rastros de inimizades. Fanon mostra como, na colônia, a raça é realmente a cena primitiva de fundo da qual se descola a inimizade. “Dito de outra forma, na colônia, a raça é a arma e a cena do crime – seu espelho, seu inconsciente e seu enfeite. Desse ponto de vista, a guerra colonial, quando acontece, é sempre e em todo lugar uma guerra de raças.”[5] Essa presença da “guerra na vida”, e da vida que só conquistamos pela destituição do inimigo, significa que não pode haver reflexão crítica sobre uma política da vida que não seja, ao mesmo tempo, uma interrogação sobre os rituais da morte.

Buscando vencer essas formas de “morte” que se aplicam a necropolíticas coloniais – baseadas em conduzir a raça à cena primitiva da violência para matar o outro racializado –, o grafitaço pode ser enxergado como um ritual para que vidas atravessadas pela incursão civilizatória não sejam lançadas ao esquecimento pelo olho da violência. Essas exéquias são importantes para a construção e reivindicação de um outro modo de morrer, aquele em que o beijo da morte seja dado por Iku, e não por Thanatos, questionando assim as formas de repressão do Estado contra os quilombos modernos, as favelas. Favelas que queimam mas, queiram ou não, são o que movimenta a cidade.


NÃO ESTAMOS TODOS, FALTAM OS MORTOS


Hoje sou o mais raquítico dentre vós, e posso errar sem culpa: minha história se tornou conhecida no dia em que se aproximaram as fumaças de epidemia, quando todos adoeceram e se contavam os mortos pelos enfermos. Há mais pixação e exus nas ruas do meu bairro que homens. Não preciso ir além para você interpretar quem é a pessoa a quem se deita esse caminho de Odu. Não me foi dada de antemão a vida, senão como dívida não resgatada. Na linguagem dos crentes da rua, a vida tornou-se uma provação, é a surpresa que a mim reservou o destino: quando a morte está sempre prestes a se apossar da pessoa, ela já está morta. Nessas condições a luta pela vida não hesita em tomar caráter de luta até a morte. E nos últimos anos, a Morte, nas igrejas, é a divindade a quem mais se acende velas. Seus fiéis quando dançam agitam os braços com imaginação como se estivessem abrindo caminho por entre o espelho dos espíritos. Não hesita em tomar caráter de luta contra a polícia a luta pela vida.


Não foram guerras perdidas, foi limpeza étnica. Definir o dever de lutar pela vida depende estritamente do ato de doar a morte ao inimigo, mas isso não é algo que se possa fazer sem problemas. Sempre me distraio pensando daqui em como a vida seria se Moisés tivesse deposto governos, então sinto suor escorrer nos músculos do pescoço e explodo uma gargalhada. Recupero a lucidez e luto para não me deixar convencer por pensamentos obscuros que invadem com seu grande truque: até quando essas ideias martelam alguma verdade, o fazem para produzir dor, paralisia. Mas quando estou sonhando eu dou um salto, nado, corro, fujo de uma perseguição, eu subo o morro até o alto. A Bíblia diz que quando Israel estava na terra do Egito Deus falou: Deixe meu povo ir embora / Tão fortemente oprimidos que não podem permanecer / Deixe meu povo ir / Moisés, desça estrada abaixo da terra dos egípcios / Diga ao Faraó que deixe meu povo ir embora. Não forçou a fronteira, não fomos nós que a inventamos. A recusa de Moisés coincidiu com a vontade divina de oferecer refúgio político na fuga. Deixe-me ir em paz, ou quando houver paz eu irei.


INTERLÚDIO: QUERO VER QUANDO ZUMBI CHEGAR


Legenda: Foto de Pedro Siqueira (@c0ndenad0sdasterra).


Embalados pela música Zumbi (Jorge Ben) e por uma vontade de vitória, pela extinção do racismo e suas múltiplas vertentes, esse último fragmento ressalta que só nos é possível escrever graças a uma ação do LabJaca, Laboratório de dados e narrativas na favela do Jacarezinho, e pelo movimento que fez o grafitaço, após as incursões da polícia que acabaram com 29 vidas, e se estendeu ao assassinato da jovem Kathlen Romeu. O grafitaço foi nossa forma de memorial, na pretensão de fazer com que essas vidas não fossem esquecidas, ou silenciadas, mas lembradas pelos encantos, potências, pela forma como firmam um ponto de identidade com o território.


Enquanto a comunidade civil se auto-organiza buscando não deixar os casos serem abafados, através de grafitaços, atos, fotos, vídeos que ecoam uma só vontade, vontade de justiça e sentimento de BASTA! O Estado optou por colocar o inquérito em sigilo pelo período de 5 anos. No caso da Kathlen, o promotor aponta “possível” alteração na cena do crime, onde policiais forjaram a posição dos cartuchos das armas. Em ambos, o principal responsável por essas atrocidades segue protelando qualquer solução ou abertura para diálogo e mudança. Qualquer possibilidade de transformação só será possível através da auto-organização movida pela vontade de sair dessa grande noite que é o estado de exceção permanente nas áreas periféricas.


Um agradecimento afetuoso aos irmãos do LabJaca, aos artistas, em especial: Aira o Crespo, Cross, Phael, Times, a amiga Mariana de Paula, Lais Moraes minha companheira e o irmão Thiago Nascimento pelo convite para poder acompanhar toda essa mobilização na busca para se construir o “Quilombo, o Eldorado Negro” que canta Gilberto Gil: Existiu viveu lutou tombou morreu de novo ressurgiu / Ressurgiu pavão de tantas cores carnaval do sonho meu / Renasceu quilombo agora sim você e eu. Sem eles essa reflexão jamais seria possível, tanto no quesito fotográfico como escrito.


Hoje, 8 de julho, faz um mês que o Estado atravessou a vida de uma jovem grávida e dois meses desde uma das maiores chacinas no Rio de Janeiro. Esse texto-memorial tem caráter de exigir que incursões como essas sejam abolidas. Kathlen Romeu, Presente! Bruno Brasil, Presente! Caio da Silva Figueiredo, Presente! Carlos Ivan Avelino da Costa Júnior, Presente! Cleiton da Silva Freitas Lima, Presente! Diogo Barbosa Gomes, Presente! Evandro da Silva Santos, Presente! Francisco Fabio Dias Araujo Chaves, Presente! Guilherme de Aquino Simoes, Presente! Pinheiro de Oliveira, Presente! John Jefferson Mendes Rufino da Silva, Presente! Jonas do Carmo Santos, Presente! Bruno Brasil, Presente! Caio da Silva Figueiredo, Presente! Carlos Ivan Avelino da Costa Junior, Presente! Cleiton da Silva Freitas Limas, Presente! Diogo Barbosa Gomes, Presente! Evandro da Silva, Presente! Francisco Fabio Dias Araujo Chaves, Presente! Guilherme de Aquino Simoes, Presente! Isac Pinheiro de Oliveira, Presente! John Jefferson Mendes Rufino da Silva. Presente! Jonas do Carmo Santos, Presente! Jonathan Araujo da Silva, Presente! Luiz Augusto Oliveira de Farias, Presente! Marcio da Silva Bezerra, Presente! Marlon Santana de Araújo Presente! Matheus Gomes dos Santos, Presente! Mauricio Ferreira da Silva, Presente! Natan Oliveira de Almeida, Presente! Omar Pereira da Silva, Presente! Pablo Araujo de Mello, Presente! Pedro Donato de Sant’Ana, Presente! Ray Barreiros de Araújo, Presente! Richard Gabriel da Silva Ferreira, Presente! Rodrigo Paula de Barros, Presente! Romulo Oliveira de Barros, Presente! Toni da Conceição, Presente! Wagner Luiz de Magalhães, Presente!


Legenda: Foto de Pedro Siqueira (@c0ndenad0sdasterra).



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Notas [1] Ver MEDEIROS, Claudio; TELLES, Priscila. “Rodas Culturais: democracias anônimas?” In: https://blogbvps.wordpress.com/2020/10/26/rodas-culturais-democracias-anonimas-por-priscila-telles-e-claudio-medeiros/ [2] Ver MEDEIROS, Claudio. “Ancestralidade, vela de reza e oralidade: a ética bantu da hospitalidade”. In: https://hhmagazine.com.br/ancestralidade-vela-de-reza-e-oralidade-a-etica-bantu-da-hospitalidade/

[3] FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2005. (Coleção Cultura, v.2)

[5] REIS, J. A Morte é uma Festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. [6] MBEMBE, A. De la Postcolonie: Essai sur l’imagination politique dans l’Afrique contemporaine. Paris: Éditions Karthala, 2000, p. 22. (tradução Claudio Medeiros e Victor Galdino)


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Pedro Siqueira é neto da dona Núbia e filho da Valéria, é graduando em História pela UFRJ, participa do núcleo de pesquisa "Ontologia, Subjetividade e Ancestralidade" do Laboratório Geru Maã de Filosofia (IFCS-UFRJ). Áreas de interesse, subjetividade negra, escravidão, revoltas coloniais e revoltas negras e nacionalismo negro. Recentemente vem se dedicando ao estudo da fotografia e suas representações.


Claudio Medeiros é Professor de Filosofia Geral do Departamento de Fundamentos de Ciências da Sociedade da UFF. Foi professor substituto do Departamento de Filosofia da UFRJ e do Departamento de Filosofia da UERJ. Doutor em Filosofia pela UERJ com a tese "Mármore e Barbárie: o nascimento da medicina política". É coordenador do núcleo de pesquisa "Ontologia, Subjetividade e Ancestralidade" do Laboratório Geru Maã de Filosofia (IFCS-UFRJ). Dedica-se atualmente à investigação e cartografia dos teóricos dos movimentos de descolonização, sobretudo os abolicionistas afrobrasileiros do século XIX (André Rebouças, Luiz Gama e José do Patrocínio). Atua nos campos da Ética, Filosofia Política, Filosofia da História e Filosofia Contemporânea, milita e escreve sobre os temas da Liberdade, práticas de Descolonização, Racismo, Biopolítica e Alteridade.


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Para ler com o corpo é esta série de textos publicados no blog-revista da editora, se prescreve aquelas críticas reflexivas que necessitam primeiro da experiência de um corpo em movimento para que se possa assim ler a contingência de revolta das ruas. Como no lema da GLAC, "Para ler com o corpo" não é apenas uma frase de efeito, mas um modo de ver e tornar o mundo um laboratório político do cotidiano.

* Deseja colaborar com a série? Nos escreva no e-mail: blog.glacedicoes@gmail.com

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