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LIVRE-SE DE SI — Bernadette Corporation

Livre-se de si — Bernadette Corporation

 

PRÉ-VENDA até  25/11/24

AVISO IMPORTANTE: a pré-venda terá os envios dos pedidos a partir do dia 25/11/24.

 

Se atribuindo da mentalidade de gangue e da “recusa de identidade” do Black Bloc, o que o livro nos auxilia localizar são as implicações do artista na arte e do militante na política. Os Black Bloc's são uma alegoria da própria Bernadette Corporation, ou simples representações de como o artista de hoje poderia, mas raramente realiza, refletir e fugir de sua própria instrumentalização. Há uma ode: os jovens de hoje precisam de um pouco mais de estratégia, acredita-se que eles estão um pouco confusos sobre as suas próprias identidades. Este problema, de representação e de identidade, se esclarece pelo deserto do real que a personagem Chloe Sevigny descreve sobre o prazer imenso que teve ao quebrar um caixa eletrônico com um martelo. Ela é um contraponto à multidão dos Black Bloc's em meio aos quebra-quebras durante o G8 de Gênova em 2001, mas no ponto em que sua visão cansada do mundo fornece ironia ou certa consciência histórica para nós, sua personagem flerta com o desejo de caos do grupo. Sevigny fala como atriz, uma atriz que fala com um manifestante e o texto fala com o Black Bloc. A certa altura, um manifesto rola sobre um fundo preto, e o que fica é “Eles dizem: 'outro mundo é possível'. Mas eu sou outro mundo. Eu sou possível?".

LIVRE-SE DE SI — Bernadette Corporation

SKU: 9786586598322
R$ 65,00 Preço normal
R$ 52,00Preço promocional
  • Livre-se de si nasce da transcrição e tradução do filme Jogue o seu eu fora, de 2002, do coletivo Bernadette Corporation,  dirigido àqueles que anonimamente personificam o retorno do ativismo político dentro do que se acostumou chamar de Império. Com o texto que provém do filme, elabora-se uma forma complexa e rítmica de abordagem através de disjunções que declaram o seu próprio exílio de um espaço-tempo biopolítico onde nada acontece. A crise que anuncia é o regresso repentino da história, mas desta vez sem personagens nem história, e de uma política sem sujeitos. Alinhando-se provisoriamente com o chamado movimento “Black Bloc” — com a arrogância do seu discurso, bem como a força e o estilo da sua resistência — Jogue o seu eu fora é um encontro com formas de violência emergentes, não instituídas ou sem identidade. Um protesto que recusa a política representacional da esquerda oficial. Realizado após o 11 de Setembro — um período de dúvida, reflexão e medidas de segurança reforçadas em todo o mundo — o texto também tenta medir a estranha distância que estes acontecimentos atravessaram a população mundial em relação a crescente repressão sob a qual o sentimento de "guerra civil" tem sido contradiotoriamente enterrado. Um ensaio que apenas funciona porque trai a sua própria forma, pois tenta aproximar-se do que há de mais aberto num acontecimento, em vez de captá-lo e completá-lo como algo reconhecível.

     

    O livro também engloba outros três textos complementares:

     

    • Técnicas de hoje, do curador Bennet Simpson, publicado em 2004 na revista Artforum, em que se deflagra que o filme foi criado diante da união entre o difuso Partido Imaginário, criado nas proposições dos textos anônimos da revista Tiqqun (2000-2001), e B.C;

     

    • Uma conversa nomeada Que porra é comunismo?, realizada em 2005, durante o festival Klartext! em Berlim, entre Fulvia Carnevale, integrante da coletiva de arte Claire Fontaine, e Antek Walczak, integrante do B. C., qual pode-se alcançar os primeiros objetivos da realização do filme e também as problemáticas existentes na sua realização, assim como reconhecer as mudanças de rumo de seu conteúdo;

     

    • E, por fim, a transcrição de um debate de 2009, entitulado Tiqqun Apócrifo, entre o editor francês Eric Hazan, o intelectual italiano Giorgio Agamben, a artista Fulvia Carnevale e parte do público, durante o lançamento do livro Contribuições à guerra em curso, uma compilação de textos de Tiqqun. Neste último, as diferenças sobre os rumos das ideias de Tiqqun se espalham em um ambiente de crescente irritação, acerca de Agamben ter contribuído na elaboração dos textos da segunda edição da revista e da hipotese de que o filme de Bernadette Corporation tenha sido o exercício de constituição da terceira edição da mesma.

     

    Da conjunção dos quatro textos, na organização do livro, deu-se seu título, Livre-se de si, que poderia ter a simples autoria, assim, denominada "niguém", como sugeriu o tradutor dele, Victor Galdino.

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