
Claire Fontaine, "Greve Humana (interrompido)", 2009, Galeria Reena Spauldings (EUA)
O professor e crítico de arte estadunidense Hal Foster ocupa as primeiras páginas da antologia Greve Humana em língua inglesa, Human Strike and the art of creating freedom, publicada pela editora Semiotext(e) em 2020. Nessa introdução, Foster parte das bases teórico-conceituais da criação da personagem-coletivo-artista ready-made Claire Fontaine, e enumera alguns dos principais assuntos e procedimentos que mobilizam a produção escrita da artista e seu posicionamento político. As citações a Marcel Duchamp, Giorgio Agambem, Gilles Deleuze, entre outros, correm em paralelo a trechos dos escritos compilados ao longo da edição, frases de impacto que lembram os trabalhos de Claire Fontaine em que frases em neon são instaladas em um espaço expositivo: talvez a mais conhecida seja "Estrangeiros por toda parte", em diferentes idiomas. A mesma frase dá nome a um dos textos presentes na antologia lançada pela GLAC.
A edição em português de Greve Humana que apresentamos ao público brasileiro é uma tradução da edição francesa, com as atualizações dos textos da edição em inglês, mais os textos posteriores a 2020, enviados por Claire Fontaine à GLAC. A introdução de Hal Foster, no entanto, é exclusiva da edição da estadunidense. No título original "Strike!", Foster brinca com a polivalência da palavra, que entre seus muitos sentidos, aponta uma bola de baseball que passa ilesa pelo batedor, ou a um golpe ou gesto vigoroso, e também, uma chamada ao ataque.
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Greve!
Hal Foster
Em 1921 Marcel Duchamp adotou um alter ego, Rrose Sélavy, cindindo a sua prática artística em dois, complicando a sua atribuição. Em 2004 Fulvia Carnevale e James Thornhill, os criadores de Claire Fontaine, fizeram o contrário, passando de dois artistas para um, o que não foi tampouco uma transformação simples. “Claire Fontaine é um grupúsculo feito de grupúsculos”, escreveu ela, como um aceno à Gilles Deleuze e Félix Guattari, “porque cada um de nós é um só e muitos ao mesmo tempo”[1]. Apelidado de “artista ready-made”, Claire Fontaine existe assim em algum lugar entre o avatar despedaçado Rrose-Marcel e o teórico múltiplo Deleuze-Guattari, e esta ambiguidade ontológica, esta agilidade tática, tem uma importância crítica para a sua escrita bem como para seu trabalho artístico. Tal como o ready-made é duplo em sua implicação – propõe-se, por um lado, que o objeto artístico qua commodity seja gerido por um valor de troca, e por outro, que seu valor de uso deva ser reivindicado (como se alguém pudesse empregar de novo uma pá ou um engradado) – assim é o duplo artista ready-made em seu significado. Por um lado, como nota Claire Fontaine, o artista em um mundo capitalista tem permissão para ser um pouco mais do que um nome de marca, enquanto, por outro, ela deve ter em vista virar o “centro vazio” desse status ready-made a seu favor. De modo crucial, melhor do que a velha ideia da arte como lugar da individuação heroica, ela circunscreve este lugar como “um espaço para a desfuncionalização das subjetividades”, como um lugar para uma “greve humana” contra “os posicionamentos econômicos, afetivos, sexuais e emocionais nos quais sujeitos são aprisionados”[2]. Nomeada a partir de uma linha popular de produtos de papelaria francesa, Claire Fontaine é uma commodity como o resto de nós, mas ela também é uma página em branco dedicada a um futuro alternativo.
Nascida em 2004, um ano depois do início da guerra do Iraque e um ano antes dos levantes das periferias parisienses, Claire Fontaine cresceu em um estado de emergência prolongado, em um tempo de “democracias totalitárias”, e é essa condição impossível, ao mesmo tempo caótica e opressiva, que ela mobiliza nestes textos contundentes, que mostram afinidades estratégicas com movimentos de esquerda e coletivos de Autonomia à Tiqqun bem como com alguns filósofos críticos e feministas de Giorgio Agamben a Silvia Federici. Durante esse período de crise econômica e guerra terrorista, a condição de “vida nua”, que Agamben define como vida à mercê do poder, torna-se cada vez mais comum, assim como a categoria de “singularidade qualquer”, que Agamben descreve como uma subjetividade geral livre de propriedades específicas[3]. Por mais terrível que essa situação seja, Claire Fontaine acredita que não estamos desamparados diante dela. Uma resposta, propõe ela, é aliar-se àqueles forçados a uma posição de vida nua, insistir ao mesmo tempo que “estrangeiros estão por toda parte” e, a menos que nos tornemos “vítimas da nossa própria ideia de segurança”, que “nós mesmos sejamos estrangeiros”[4]. Outra resposta é explorar a duplicidade de qualquer singularidade, para começar a nos tornar coletivos através desses mesmos canais, mesmo que tenhamos nos tornado abstratos pelos mercados capitalistas e anônimos pela mídia capitalista (mais uma vez, “o ser-qual é recuperado do seu ter esta ou aquela propriedade”)[5]. Claire Fontaine vê “uma possibilidade positiva” no espetáculo “que pode ser usada contra ele”, um bem inesperado que pode ser arrancado das commodities em declínio[6]. Não apenas um salto utópico para fora do presente, seu movimento é também uma imersão sem misericórdia nele: ela apresenta uma “barbárie positiva” dirigida contra nossos péssimos novos dias[7].
Como Agamben, Claire Fontaine intriga-se com personagens literários que antecipam a vida nua e o ser qualquer, criaturas no limbo que se estabelecem como ameaças enigmáticas a qualquer status quo. Uma figura como Bartleby, o Escrivão, que se recusa a continuar com seu trabalho sem sentido; “Eu prefiro não” é o que seu criador, Herman Melville, o faz repetir. Outros incluem o homem do subsolo de Dostoiévski e o povo mal-acima-do-solo de Robert Walser, o homem sem qualidades de Robert Musil e a persona inquieta de Fernando Pessoa. Talvez o mais recalcitrante desses personagens seja Odradek, a estranha figura imaginada por Kafka que perturba todas as oposições entre animado e inanimado, humano e não-humano, criado e ready-made, na verdade, todas estas categorias da personalidade como a conhecemos[8]. Claire Fontaine vê um potencial inexplorado nestas figuras destroçadas – acima de tudo, a recuperação da vida como potencial, o potencial ao menos para a resistência e talvez para a mudança.
Claire Fontaine encontra outros recursos na antiga vanguarda artística e na filosofia crítica. “Nós remexemos a caixa de ferramentas”, escreve ela em outro eco a Deleuze, aqui fazendo referência à teoria como um kit de ferramentas, “e usamos o que é necessário, o que funciona”[9]. Tal como o ready-made de Duchamp, ela explora o efeito de estranhamento em Bertold Brecht, a imagem dialética de Walter Benjamin e as estratégias de apropriação do Situacionismo e do Pop à arte Conceitual, e espera torná-los novamente relevantes hoje. “As vezes é preciso retroceder para reencontrá-lo”, insiste ela[10]. Este é um outro caminho para entender seu nome, ao menos no que diz respeito a Duchamp: não apenas um improviso sobre uma marca francesa; Claire Fontaine busca precisar sua Fontaine (1917), reiniciar os termos do dispositivo ready-made para adequá-lo às condições atuais. Isso significa, em parte, arrancar oready-made dos abusos como um objeto de luxo ou como um logotipo de massa (como em Jeff Koons ou Takashi Murakami) ou como um adereço inflado em uma performance niilista (como em Damien Hirst ou Maurizio Cattelan). “Esta ação é mais uma restituição”, observa Claire Fontaine, “no sentido de que isto é a reivindicação do direito de uso da cultura.”[11]
Como tal exemplo sugere, Claire Fontaine está tão interessada nas reviravoltas dialéticas como está em agentes duplos. Outra instância de tal intervenção envolve a prática da crítica institucional, a qual, desde o início de seu desenvolvimento por Hans Haacke, tende por vezes a se interessar demasiadamente pelo posicionamento do mundo da arte. Claire Fontaine faz recuar a crítica institucional para as políticas da vida cotidiana; ao mesmo tempo ela mostra o quanto tais políticas já interferem a vida prática dos artistas. Então, há a estratégia Situacionista do détournement[12], da qual os mad men da indústria de propaganda se apropriaram há muito tempo, e da qual até mesmo os ainda mais loucos [madder men] da alt-right se apossaram recentemente. Aqui, seu movimento [o de Claire Fontaine] é redefinir a apropriação como expropriação e insistir na restituição – recuar, na verdade, para reencontrá-lo, como foi paradigmaticamente apresentado por Asger Jorn em 1959: “Détournement é um jogo nascido da capacidade de desvalorização. Apenas aquele que é capaz de desvalorizar pode criar novos valores”[13]. Claire Fontaine enquadra tal estratégia de maneira ainda mais rigorosa: “Vivemos despossuídos do mundo. Como qualquer outro artista tento extrair o que ainda está vivo na massa de objetos e de significados mortos pelo capitalismo.”[14]
Détournement não é necessariamente um teatro de grandes gestos. “A ideia cabalística de que uma transformação real consistirá em um pequeno deslocamento”, comenta Claire Fontaine, “é muito importante para o que estou tentando fazer”[15]. Pequenos deslocamentos embasam as suas intervenções em outra vasta área: a linguagem. “O mito rouba a linguagem”, escreveu Roland Barthes em 1957, então “por que não roubar o mito?” Tal crítica ao mito é um caminho para enfrentar este empobrecimento, e assim como Bruce Nauman e Ed Ruscha, seus predecessores, Claire Fontaine retoma a palavra vernacular dos discursos e dos slogans como um “espaço de partilha.”[16] Ninguém possui essa linguagem comum, então, qualquer um pode compartilhá-la e talvez ativá-la também. “Arte é o que fazemos”, notou Carl Andre em 1967, “cultura é o que eles fazem conosco”, então por que não usar a primeira para fazer com que a segunda recue?[17] Claire Fontaine atualiza, ao mesmo tempo, a crítica barthesiana ao mito e reempacota os tijolos de Andrea como armas modelo (literalmente: agrada a ela embalar tijolos com capas austeras de textos críticos).
O capitalismo não apenas degrada a linguagem; ele também “mata o amor”[18]. “Nosso ambiente emocional é pobre e perigoso”, nota Claire Fontaine. “O trabalho artístico não pode mudá-lo, mas pode transcrevê-lo”[19]. Esta é outra intervenção realizada por ela: não apenas “criar imagens para um motim por vir”, mas também “reproduzir o ambiente afetivo de um mal-estar”[20]. Assim, Claire Fontaine produziu algumas pinturas baseadas em propagandas online de pílulas para a depressão crônica e disfunção erétil, e outras que cartografam a canalização capitalista de instintos básicos como o medo e a agressão. Isso aponta para uma vasta arena das nossas vidas distorcidas, outro importante médium da ideologia contemporânea, que Claire Fontaine mobiliza: o afeto de massa. Tal afeto pode ser definido como sentir que ele não nos pertence, mas que, no entanto, nos interpela, e ela o vê agora colonizado pelo “governo global”: “O que é um corpo ou uma expressão facial na época da vigilância biométrica e da ditadura televisiva?”[21] Claire Fontaine surge para assumir este desafio também: “A arte lida com desejos e coloca a questão do prazer de um modo impertinente”[22].
Uma última nota a respeito da sua voz característica. Nesses textos Claire Fontaine chama por nós, e nos chama para fora, com uma palavra feminista que tem a força direcionada de um truísmo de Jenny Holzer ou de um signo de Barbara Kruger. Contudo, sua convocação é também desarmante, pois sua voz é sempre dupla – cortante e cômica, desabusada e, no entanto, comprometida, quiliasta e mesmo assim esperançosa. Na verdade, Claire Fontaine pode se dizer revivendo um gênero que muitos de nós acreditava morto há muito tempo – o manifesto – uma forma antes compartilhada pelas vanguardas tanto políticas quanto artísticas. Essas metades divididas do velho projeto de transformação radical reúnem-se novamente nesses textos. Greve! Vocês só têm as suas subjetividades roteirizadas a perder.
— HAL FOSTER
tradução João Gomes
GREVE HUMANA + DAZIBAO
— Claire Fontaine e outros
* apenas 15 disponíveis!
Notas
[1] Claire Fontaine, “Statement pour l’exposition à la Meerrettich Galerie” (December 2004). “Escrevemos o Anti-Édipo a dois,” Deleuze e Guattari comentam na primeira página de Mil Platôs. “Como cada um de nós era vários, já era muita gente.” Mil Platôs. Capitalismo e Esquizofrenia vol. 1, São Paulo, Ed 34, 1995, p. 4.
[2] Claire Fontaine, “Artistas ready-made e greve humana: algumas precisões” (2005) e “A greve humana já começou” (2009). O clássico texto sobre a noção problemática de greve geral é Georges Sorel, Reflexões sobre a Violência (1908).
[3] Fontaine, “Statement pour l’exposition à la Meerrettich Galerie.” Sobre a “vida nua”, ver Giorgio Agamben, Homo Sacer: Poder Soberano e Vida Nua, Belo Horizonte, UFMG, 2010, sobre a “singularidade qualquer, ver Agamben, A Comunidade Que Vem, São Paulo, Autêntica, 2013.
[4] Claire Fontaine, “Estrangeiros por toda parte” (2005).
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[5] Agamben, A Comunidade Que Vem, p. 1.
[6] Claire Fontaine, “Estrangeiros por toda parte” (2005).
[7] Walter Benjamin cunhou pela primeira vez o conceito de uma barbárie positiva em uma dialética desesperada para confrontar a barbárie do fascismo e do nazismo. “Barbárie? De fato, assim é. Dizemo-lo para introduzir um novo conceito, positivo, de barbárie. Senão vejamos aonde essa nova pobreza leva o bárbaro. Leva-o a começar tudo de novo, a voltar ao princípio, a saber viver com pouco, a construir algo com esse pouco, sem olhar nem à esquerda nem à direita. Entre os grandes criadores sempre existiram os implacáveis, que começaram por fazer tábua rasa.” Benjamin, “Experiência e Pobreza,” O Anjo da História, São Paulo, Autêntica, 2012, p. 80.
[8] Franz Kafka, “A preocupação do pai de família” (1919).
[9] Claire Fontaine, “The Glue and the Wedge,” Circa 124 (Summer 2008). Em “Estrangeiros por toda parte,” ela propõe “a possibilidade de se ver todo o campo estético como um banco de dados de levantes potenciais.”
[10] Claire Fontaine, “‘Acts of Freedom’: Claire Fontaine,” entrevista para Niels van Tomme, Art Papers 33, no. 6 (November/December 2009).
[11] Claire Fontaine, “‘In Life There Is No Purity, Only Struggle,’” entrevista para Bart van der Heide,” Metropolis M 1 (February/March 2009).
[12] N. de T.: Détournement [ou “desvio”, “descaminho”] é assim definido pelos situacionistas: “A integração das produções artísticas do presente ou do passado em uma construção superior de um meio. Neste sentido não pode haver pintura ou música situacionista, mas apenas um uso situacionista de tais meios. Em um sentido mais elementar, détournement no interior das velhas esferas culturais é um método de propaganda, um método que revela o desgaste e a decadência de tais esferas”, Internationale Situationniste #1 (June 1958), disponível em: https://www.cddc.vt.edu/sionline/si/definitions.html
[13] Asger Jorn, “Peinture détournée,” em Vingt peintures modifiées par Asger Jorn (Paris : Galerie Rive Gauche, 1959).
[14] Claire Fontaine, entrevista para Chen Tamir, C Magazine, no. 101 (Spring 2009). Ver também: Tom McDonough, “Expropriating Expropriation,” em Claire Fontaine: Economies, exhibition catalog (Miami: Museum of Contemporary Art, 2010).
[15] Fulvia Carnevale, “Grêve Humaine (interrompue),” entrevista para John Kelsey, MAY, no. 3 (Spring 2010). Claire Fontaine chega a esta noção de Benjamin através de Agamben. “Na doutrina chassídica há um ditado que tem a ver com o mundo que há de vir, e que diz: tudo aí será como é entre nós.”, escreve Benjamin em 1932. “Tudo será como aqui – só um nadinha diferente.” Ver: Benjamin, “Ao sol” em Imagens de Pensamento. Sobre o haxixe e outras drogas, São Paulo, Autêntica, 2017, p. 114; e a sua tese final em “Sobre o conceito de História” (1940), em Sobre o Conceito de História. Edição crítica, São Paulo, Alameda, 2020.
[16] Claire Fontaine, “The Glue and the Wedge.” “Este é o reino do lugar-comum, escreveu certa vez Jean-Paul Sartre. “E este belo mundo tem vários significados; ele se refere, sem dúvida, ao mais vulgar dos pensamentos, mas estes pensamentos tornaram-se os pontos de encontro da comunidade. Todos se encontram neles e encontram outros, também. O lugar-comum é de todos e pertence a mim; pertence a mim para todos, e é a presença de todos em mim. É isso, em essência. a generalidade”, Sartre, introdução para Portrait d’un Inconnu, de Nathalie Sarraute (1957).
[17] Carl Andre, Cuts: Texts 1959–2004, ed. James Meyer (Cambridge, MA: MIT Press, 2005), p. 30.
[18] “Amor, apenas o amor,” Claire Fontaine acrescenta, “pode ser comunista.” Fontaine, entrevista para Anthony Huberman, Bomb, no. 105 (Fall 2008).
[19] Claire Fontaine, “Notas de rodapé sobre o estado de exceção” (2007).
[20] Claire Fontaine, 2005, título original é o nome "Claire Fontaine"em árabe:
[21] Claire Fontaine, “Somos todos singularidades quaisquer” (2006); e “‘Macht Arbeit,’” entrevista para Stephanie Kleefeld,” Texte zur Kunst, no. 73 (March 2009).
[22] Claire Fontaine, entrevista para Huberman.
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Claire Fontaine é uma artista conceitual feminista, um coletivo fundado por Fulvia Carnevale e James Thornhill em Paris em 2004. Desde 2017 vive e trabalha em Palermo. Seu nome é inspirado no icônico ready-made de Marcel Duchamp, no urinol intitulado Fontaine e em uma famosa marca de cadernos franceses (Clairefontaine); define um lugar onde as biografias dos artistas não estão diretamente ligadas às suas obras, permitindo que as suas pesquisas se tornem um espaço de liberdade e dessubjetivação. O uso da apropriação e do sequestro no seu trabalho decorre da mesma intenção: não destacar a excelência da singularidade do artista, mas ativar as formas e as forças dentro da cultura visual e sublinhar o seu conteúdo político. Claire Fontaine trabalha com vídeo, escultura, pintura e escrita.
João Gomes é professor, historiador e pesquisador independente. Bacharel em História pela PUC-SP, Mestre em História Social (História Medieval) pela Unesp e doutor em História Medieval pela Université Paris-I La Sorbonne e EPHE-Paris.
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