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 CONTEÚDO 

CARNAVAL REVOLUÇÃO 2002-2008, BH — Igor Oliveira


O presente texto tem o título original "Jovens ativistas em Belo Horizonte: sob o impacto da AGP e dos protestos antiglobalização", que integra, como intertítulo, a Dissertação de mestrado em Educação do autor, defendida em 2012 na Universidade Federal de Minas Gerais, sob o título Uma "Praia" nas Alterosas, uma "antena parabólica" ativista: configurações contemporâneas da contestação social de jovens em Belo Horizonte. O publicamos neste momento para rememorar o acontecimento do Carnaval por meio de uma prática e um pensamento de luta vinculados a reconfiguração radical da metrópole.



No dia 8 de dezembro de 2000, o Coletivo Acrático Proposta, coletivo anarquista de destaque na organização de ações globais em Belo Horizonte e aderente da carta de princípios da AGP, [0] divulgava um comunicado a respeito da organização de um Dia de Ação Global na cidade, o S-26, que ocorreu em mais de cem cidades do mundo e que tinha como epicentro a cidade de Praga, onde se realizara uma reunião do FMI e do Banco Mundial:


Aqui quem escreve é o coletivo Acrático Proposta (CAP) que, neste e-mail, possui como objetivo a divulgação da ação contra o capitalismo que acontecerá no dia 26 de Setembro em Belo Horizonte (...). Através destas nossas palavras, pretendemos apenas divulgar nossa ação conjunta, de forma que nosso grito em Belo Horizonte se faça ouvir em todos os locais onde ocorreram as Ações Globais contra o capitalismo, mostrando nossa fúria criativa e resistência, para dar uma base, um apoio para os que dia 26 de Setembro vão explodir em brados nas ruas de Praga.[1]

A organização do S-26 e a própria existência de coletivos, grupos, jovens ativistas libertários e punks que aderiram aos chamados da AGP para a organização de ações podem ser entendidos como marcos da entrada de Belo Horizonte na “onda” contestatória global. Dois meses depois, Belo Horizonte voltava a ver em suas ruas mais uma manifestação de caráter anticapitalista e de resistência global. O “dia sem compras” ou D-23, organizado em dezembro de 2000 no centro de Belo Horizonte em plena época do natalino furor consumista, igualmente protagonizado por jovens conectados a essas novas formas de protesto de rua e dissenso. Nesse protesto surgiu uma das maiores expressões de mídia alternativa no país, o site do Centro de Mídia Independente, o CMI Brasil, mantido e organizado posteriormente por coletivos em várias cidades brasileiras.[2]


A partir de então, da difusão das idéias que circulavam a respeito dos movimentos anticapitalistas e antiglobalização, Belo Horizonte veria o fortalecimento e/ou o surgimento de uma profusão de culturas juvenis urbanas ligadas ao universo libertário e cultural alternativo, bem como o surgimento de uma profusão de coletivos, iniciativas, espaços e ações protagonizadas por jovens contestadores e libertários. Estamos a falar do que definimos como a fração geracional dos “libertários antiglobalização”, surgida na cidade na primeira metade da década dos anos 2000. A partir do surgimento e/ou fortalecimento dessa primeira geração de coletivos, os “libertários antiglobalização”, inspirados pela “onda global” de protestos contra os organismos financeiros internacionais e contra o capitalismo, “onda” essa geradora de subjetividades contestatórias e “situações inspiradoras”, novos grupos e agenciamentos se ergueram na cidade. Dois exemplos de espaços libertários talvez nos auxiliem na tarefa de aproximação do que se passava na cidade no início e meados da década dos anos 2000.

A Mansão Libertina — também conhecida como Comuna — surgida entre 1999 e 2001, e o Coletivo Gato Negro, criado em 2002, foram espaços criados para abrigar uma série de iniciativas que conformavam redes de coletivos, grupos e jovens que estabeleciam conexões com os circuitos libertários e contraculturais de outras cidades brasileiras.

A Mansão Libertina, idealizada pelo então coletivo CISMA, esteve envolvida com a cena musical e artística contracultural em Belo Horizonte (straight edge, hard core, eletrônica e punk), bem como com uma série de iniciativas e eventos libertários e de outros coletivos. Nesse espaço aconteciam, por exemplo, a articulação de diferentes bandas, performances diversas, preparação de refeições vegetarianas coletivas, reuniões do incipiente Centro de Mídia Independente de Belo Horizonte e uma série de outras atividades.[3]


Já o Coletivo Gato Negro, criado no ano de 2002 após o primeiro Carnaval Revolução, era dividido em dois núcleos: um que tratava de questões relacionadas ao Veganismo e Libertação Animal, e outro que autogeria um espaço, o Centro (anti) cultural Gato Negro – uma loja que tomou um sentido não-comercial e que funcionou em uma sobreloja do Edifício Maletta no centro de Belo Horizonte, até o ano de 2005.[4]

Nesse espaço aconteciam mostras de vídeos, palestras, debates, oficinas, cursos livres, entre outras atividades, bem como servia de ponto de referência e encontro para outros coletivos, além de abrigar um café vegano e uma biblioteca de livre acesso, que, entre as obras (livros, revistas, vídeos), possuía um acervo de zines anarquistas, contraculturais e libertários de várias partes do Brasil e do mundo. O espaço Gato Negro se definia como um “lugar de não-consumo” no hipercentro de Belo Horizonte — onde se podia ler, conversar, assistir a um vídeo, aprender coisas, praticar yoga, se informar, conhecer pessoas, se engajar em algo e por aí vai... Conectada às duas experiências anteriores, outra iniciativa de destaque em Belo Horizonte no período foi o Carnaval Revolução. Surgido a partir de articulações entre coletivos e indivíduos que frequentavam a Mansão Libertina, o Carnaval Revolução aconteceu ininterruptamente entre os anos de 2002 e 2008 (esse último na cidade de São Paulo), era um evento que ocorria na data do carnaval e servia como alternativa para jovens e ativistas que se identificavam com o ideário libertário e anarquista — reunindo coletivos e indivíduos de várias partes do Brasil e do mundo em Belo Horizonte. Cada edição do Carnaval Revolução guardou especificidades, abrigando uma diversidade ampla de atividades e iniciativas: debates, oficinas várias e múltiplas, rodas de conversa, blocos de carnaval/carnavalização do protesto, espaços de produção alternativa de alimentos, música e audiovisual, espaços de encontros e trocas também múltiplas e variadas, trocas de software livre, veganismo, debate sobre transgênicos e sementes criolas, anticapitalismo, autonomia, ação direta, feminismo... Tarefa difícil seria a de sintetizar a descrição dessa iniciativa durante seis anos de realização devido à complexidade, diversidade, quantidade e intensidade das criações e iniciativas que aconteceram nesses eventos. Vejamos as chamadas para dois desses Carnavais realizados no ano de 2004 e 2006 que podem nos dar uma dimensão dessa experiência.

O Carnaval Revolução 2004 será realizado em Belo Horizonte nos dias 22, 23 e 24 de Fevereiro. Este encontro pretende reunir grupos e pessoas de diversos lugares, diferentes, dispostas a trocarem informações e experiências sobre a "ampla" proposta do anarquismo e a cultura do faça-você-mesmo. Até a última edição, já participaram pessoas e/ou grupos do ES, SP, BA, PR, RJ, Chile, Argentina, Estados Unidos e África do Sul. [continua]

A estrutura organizacional é horizontal, subversiva, subterrânea, cooperativa e não-hierárquica. Rejeitamos o reconhecimento de ídolos, líderes, representantes e de uma vanguarda. Reservamo-nos o direito de representar somente a nós mesmos, através da atividade direta e consensual. O Carnaval Revolução não tem absolutamente nenhum fim lucrativo, toda verba arrecadada será investida no Centro (Anti) cultural Gato Negro e em projetos tocados pela Anticultural Internacional.[5]


Carnaval Revolução: um outro carnaval é possível Sai o samba, o desfile e a cerveja; entra a antiarte, a música eletrônica e o veganismo. Sai o folião e entra a revolução. Mas algo se conserva entre a festa tradicional e a revolução: o espírito coletivo e a liberdade de expressão. Se hoje não é mais, ao menos em sua origem o carnaval é uma festa do povo para o povo. A sua versão revolucionária procura ser aberta tam- bém: uma construção coletivae autogerida. O grito de carnaval é libertário. O Carnaval Revolução completa seis edições passando por reformulações e mudanças. A edição deste ano possui um enfoque na discussão de temas sobre o uso social da tecnologia. O samba-enredo deste carnaval fala sobre o copyleft, os soft- wares e rádioslivres. Dentre os encontros/ações programadas para o CR estão o Encontro Nacional de Rádios Livres e a criação do Ponto de Compartilhamento Livre. Participam das oficinas e debates grupos nacionais como Estudio Livre, Projeto Software Livre Mulheres, Minas Livre e o Radio Livre. Nas oficinas será distribuído (basta levar o seu cd-r) e manipulado um pacote de softwares livre, como o Gimp. Uma rádio será criada pelos participantes durante o evento. Três dias de teoria e prática. Estão planejados ainda o Antifestival Nonsense de Bandas e o 1º Campeonato Uni- versal de Futebol Autônomo. Para participar dos dois basta comparecer e montar a sua banda (leve os instrumentos) ou o seu time no local. As músicas e os jogos são combinados na hora. O tradicional bloco do CR que ia às ruas no último dia do evento não sairá este ano. Os confrontos com a polícia e a avacalhação (afinal, era mais uma manifestação po- lítica do que grupo carnavalesco) por parte de alguns integrantes distorciam o obje-tivo e a imagem da organização. Identificar quem está lá realmente pela causa é um dos maiores desafios para osorganizadores.

Carnaval Revolução (toda a programação no site) Faça-você-mesmo, política, música, antiarte, subversões. 26, 27E 28 DE FEVEREIRO. 10 às 22 horas. Instituto Helena Greco Rua HermiloAlves, 290, Santa Tereza Entrada Franca

[continua] Escola Estadual Sagrada Família Rua Célia de Souza, 600 Sagrada Família R$ 6. [6]


Esses chamados para o Carnaval Revolução trazem o “espírito” e as características que demarca-se como pertencentes a “geração Seatlle”, bem como expressam o potencial de criação de agenciamentos e ações coletivas por parte desses mesmos jovens.[7]

A cultura libertária do faça-você-mesmo, o protesto lúdico e criativo, a cultura da horizontalidade, o uso intenso das novas tecnologias da informação e comunicação para organização, mobilização etc., a cultura da cooperação, da subversão, da ação direta, a prática de conformação de redes, a divulgação e promoção da cultura livre e não-proprietária — expressa pelos temas do software livre, rádio livre, freeganismo[8] etc. —, a autonomia e negação das hierarquias, eram as marcas das ações, iniciativas e agenciamentos que abriram janelas para a criação de formas de sociabilidade e contestação do presente e do futuro. E ainda: o Carnaval Revolução sinalizava para a ocupação do espaço público através da mescla entre protesto e festa. Os blocos de carnaval que saíram em algumas edições do Carnaval Revolução traziam a mensagem de resgate da festa popular feita nas ruas, como podemos perceber no chamado de 2006, e davam a esse resgate um sentido de manifestação política. Festa e protesto, cultura e política eram então dimensões que se entrecruzavam nas ações de ocupação dos espaços públicos urbanos. A idéia de tomada das ruas, de ir para as ruas, cara aos movimentos antiglobalização e aos dias de ação global, era no Carnaval Revolução marcada como forma de vivenciar a cidade, de desobediência civil, de protagonizar a festa/protesto sem permissões, sem controle, sem alvarás etc. Interessante percebermos que esse “espírito da desobediência”, de ocupação do espaço público, de festa/protesto será novamente vivenciado alguns anos mais tarde em outras experiências, como a Praia da Estação. Sobre a relevância do Carnaval Revolução, podemos interpretar como um “acontecimento-síntese” das culturas libertárias urbanas em Belo Horizonte, como também pode ser interpretado enquanto elo entre gerações de jovens ativistas e libertários na cidade no início desse século. Isso se deu pela convivência no interior desse evento — tanto na organização quanto na participação em si — entre indivíduos que participaram dos coletivos surgidos em fins dos 1990 e início dos 2000, e entre pessoas que experimentavam no Carnaval Revolução uma pioneira experiência junto a coletivos e culturas libertárias, e/ou, a partir do Carnaval Revolução, se inspiraram para novas criações.

Interessante percebermos também que nessa primeira década dos anos 2000 o movimento estudantil na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) conheceu pelo menos três experiências que, de certa forma, podem ser entendidas como diretamente conectadas a esse contexto contemporâneo da contestação social dos jovens de que estamos tratando.


No ano de 2002 é eleita uma chapa para o diretório acadêmico (D.A) da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da UFMG totalmente diferente das demais chapas concorrentes pertencentes ao campo da esquerda tradicional. Fantasiados, irreverentes, irônicos e críticos das formas tradicionais da militância estudantil, os participantes da chapa “Sodoma i Gomorra” carnavalizaram as eleições para o diretório daquele ano trazendo referências situacionistas, libertárias e anarquistas, bem como práticas nada convencionais de se fazer política estudantil. Um ano depois, surge outro movimento de contestação estudantil com traços distintos da militância de esquerda tradicional. No ano de 2003, estudantes do curso de Geografia, principalmente, praticaram a ação direta de desobediência, contestando a decisão da reitoria da UFMG de proibir todo e qualquer tipo de festa organizada pelos estudantes no campus da universidade. Ao invés de procurarem os canais tradicionais de contestação estudantil — diálogo institucional com a reitoria, mobilização dos estudantes em prol da causa etc. — os estudantes decidiram desobedecer e contestar a decisão da reitoria, realizando o que estava proibido, ou seja: fazendo festas. O Na Tora, uma reunião festiva, horizontal e espontânea de estudantes e jovens, permeada por música, fogueira, encontros e agenciamentos, aconteceu durante pelo menos quatro anos em todas as noites de quinta-feira em um gramado do campus da universidade. Por algum tempo a política estudantil bailou noturnamente nas fogueiras dionisíacas do Na Tora.

Por último, uma experiência que julgamos ser também ligada a esses novos agenciamentos juvenis de criação, contestação social e rebeldia dos jovens contemporâneos foi a criação de uma rádio livre dentro do campus da UFMG. A rádio Radiola Livre idealizada por um coletivo horizontal de estudantes no ano de 2004 esteve conectada a redes de coletivos — outras rádios — e a movimentos contestatórios dos modelos legais vigentes de radiodifusão no Brasil, e representou uma iniciativa onde a “energia contestatória” estudantil se voltou para a criação, ação direta e desobediência civil, ao invés de buscar os mecanismos institucionais e tradicionais de atuação do próprio movimento estudantil. Comprando um transmissor, montando uma estrutura de funcionamento, colocando uma rádio no ar, criando programas e organizando grades de programação, os estudantes desobedeceram às leis de radiodifusão, trazendo à tona a discussão da democratização dos meios de comunicação e da comunicação livre.


A partir da aproximação com esse primeiro conjunto de iniciativas anarquistas e libertárias (“primeira geração”) — organização dos dias de ação global em Belo Horizonte, Coletivo Acrático Proposta, Mansão Libertina, Coletivo Gato Negro, estudantes da UFMG e Carnaval Revolução (exemplos concretos do potencial de criação e contestação dos jovens e de formas culturais juvenis em um período agudo de globalização das culturas) — sempre é bom lembrar a inspiração que os ventos do norte trouxeram! — poderíamos ousar afirmar que se gestaram novas subjetividades, novos desejos, novas formas de ser jovem e ativista na capital das Alterosas. Desse primeiro conjunto de iniciativas, e em especial do Carnaval Revolução, “brotaram”, como de maneira rizomática, novos coletivos, iniciativas, ações e indivíduos que seriam, anos mais tarde, protagonistas centrais do surgimento da Praia da Estação no ano de 2010.


Igor Thiago Moreira Oliveira




*


Nota da edição * Todas as imagens utilizadas nesta publicação foram coletadas e selecionadas da página do Carnaval Revolução no Facebook, especialmente focadas nas produções de intervenção gráfica ocorridas ao longo dos eventos pelos seus participantes.

[0] "A Ação Global dos Povos (AGP) nasceu no início de 1998 e constituía uma 'rede global de movimentos sociais de base originalmente criada para combater o livre comércio'. Não era uma 'organização formal, mas uma rede de comunicação e coordenação de lutas em escala global baseada apenas em princípios comuns'. [Martín Bergel e Pablo Ortellado. AGP]. Dentre seus princípios, pode-se destacar os seguintes: '1) A AGP é um instrumento de coordenação. Ela não é uma organização. Os seus principais objetivos são: (i) Inspirar o maior número possível de pessoas, movimentos e organizações a agir contra a dominação das empresas através da desobediência civil não-violenta e de ações construtivas voltadas para os povos. (ii) Oferecer um instrumento para coordenação e apoio mútuo a nível mundial para aqueles que resistem ao domínio das empresas e ao paradigma de desenvolvimento capitalista. (iii) Dar maior projeção internacional às lutas contra a liberalização econômica e o capitalismo mundial; 2) A filosofia organizacional da AGP é baseada na descentralização e na autonomia. Por isso, estruturas centrais são mínimas; 3) A AGP não possui membros; 4) […] Nenhuma organização ou pessoa representa a AGP, nem a AGP representa qualquer organização ou pessoa.' [Manifesto da Ação Global dos Povos]". * O excerto é de autoria de Felipe Corrêa, em Balanço crítico acerca da Ação Global dos Povos no Brasil (parte um), publicado em seis partes no site Passa Palavra.


*


Notas

[1] Disponível em http://www.ainfos.ca/00/sep/ainfos00113.html. Acesso em 03/05/2011

[2] O CMI Brasil faz parte de uma rede internacional conhecida como Indymedia, que nasceu no final de 1999 para coordenar uma cobertura jornalística alternativa dos protestos ocorridos em Seatlle. Segundo o site do CMI Brasil, temos a seguinte definição: “O CMI Brasil é uma rede de produtores e produtoras independentes de mídia, que busca oferecer ao público informação alternativa e crítica de qualidade, que contribua para a construção de uma sociedade livre, igualitária e que respeite o meio ambiente. A ênfase da cobertura é sobre os movimentos sociais, particularmente, sobre os movimentos de ação direta (os "novos movimentos") e sobre as políticas às quais se opõem. A estrutura do site na internet permite que qualquer pessoa disponibilize textos, vídeos, sons e imagens tornando-se um meio democrático e descentralizado de difusão de informações.” Dis- ponível em www.midiaindependente.org. Acesso em 06/06/2010. Mais a respeito do CMI, ver a dissertação de mestrado de CAIRES, Ana Luiza Helena Gonçalves. Quem faz a mídia no CMI Brasil: Jornalismo alternativo, ativista e colaborativo na internet. (Dissertação de Mestrado em Jornalismo) – Escola de Comunicação e Artes (ECA), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2010.

[3] Sobre a Mansão Libertina, ver os seguintes sites: http://altafidelidade.org/post/3295093086. (Acesso em 10/12/2011); diasemcompras.wordpress.com/2008/12/01/29-11-reuniao-coletivos-grupos-e-acoes-autonomas- em-bh-2/ (Acesso em 10/12/2001); http://brazil.indymedia.org/content/2003/12/269216.shtml. (Acesso em 10/12/2011).

[4] Sobre o Centro (anti) cultural Gato Negro, ver definição no Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gato_Negro_(organiza%C3%A7%C3%A3o). (Acesso em 10/12/2011) e sites que ainda mantêm informações sobre o programa do Gato Negro no período: http://www.midiaindependente.org/pt/red/2003/11/268757.shtml. (Acesso em 10/12/2011); http://www.ainfos.ca/03/sep/ainfos00072.html.(Acesso em 10/12/2011). O coletivo Gato Negro continua a existir em Belo Horizonte somente como núcleo de libertação animal.

[5] CHAMADO para o Carnaval Revolução de 2004. Disponível em http://www.ainfos.ca/03/dec/ainfos00039.html. (Acesso em 15/11/2011)

[6] ROSA, Sérgio. Overmundo, 14/04/2006. Carnaval Revolução: um outro carnaval é

possível. Disponível em http://www.overmundo.com.br/overblog/carnavalrevolucao-

um-outro-carnaval-e-possivel (Acesso em 15/11/2011)

[7] É interessante percebermos também que a carnavalização do protesto e o “ressurgimento” do carnaval de rua na cidade, cujo ápice se dá em 2011 e 2012, possuem raízes nessas iniciativas, que surgiram ao longo dos anos 2000.

[8] Freeganismo representa uma forma de protesto ao consumismo contemporâneo e/ou uma forma de procurar garantir o “valor de uso” das mercadorias. Trata-se de práticas de não-consumo e de reaproveitamento de mercadorias, onde as pessoas sobrevivem apenas de coletas de alimentos em fins de feiras, reutilização de móveis e outros produtos que possam ser aproveitados e que são jogados no lixo.


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Igor Thiago Moreira Oliveira

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2012) e doutorado em Educação (2017) pela mesma universidade. É membro do Observatório da Juventude da Faculdade de Educação da UFMG onde atua em projetos de formação de professores, formação de jovens e pesquisas. Atua também em projetos de formação de professores junto ao grupo de pesquisa e extensão Territórios, Educação Integral e Cidadania (TEIA) da Faculdade de Educação da UFMG com foco em: docência em educação integral, escola e territórios educativos, saberes e experiências. Temas de pesquisa e interesse: educação, educação integral, docência, condição docente, juventude e movimentos sociais, ações coletivas contemporâneas, ciberativismo. Atuação profissional nas áreas da docência, pesquisa e assistência social.




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